O CENTRO HISTÓRICO DE ITABORAÍ
O Centro
Histórico de Itaboraí tem os principais itens do patrimônio histórico e
arquitetônico localizados no entorno da Praça Marechal Floriano Peixoto. Um
conjunto arquitetônico, formado por alguns prédios representativos do período
colonial brasileiro e outros do início do primeiro reinado, é um belo atrativo
para o visitante. Por ter mantido muito de suas características originais,
através de tombamentos feitos pelo IPHAN, o INEPAC e pelo próprio município, o
Centro Histórico já foi utilizado várias vezes como locação para gravação de
novelas e filmes. Com sua origem remontando ao século XVI e à criação da
extinta Vila de Santo Antônio de Sá, Itaboraí é reconhecida como Cidade
Histórica pelo IPHAN.
Localizado no
mesmo lugar do original, o Teatro Municipal João Caetano foi o primeiro no
Brasil a receber o nome do prestigiado ator, diretor e produtor teatral
itaboraiense, maior nome das artes cênicas no século XIX no país. O prédio
original, construído pelo Coronel João Hilário de Menezes, foi inaugurado em 24
de abril de 1827, quando estrou João Caetano. Ao longo de mais de um século e
meio, teve sua fachada alterada por várias reformas. Abrigou peças, concertos e
eventos ao longo dos anos. Perdendo seu uso e mal conservado, o teatro original
ficou em estado de ruínas, sendo demolido pela Prefeitura em 1974. O novo
teatro foi erguido a partir de 1984 pela Prefeitura e chegou a funcionar entre
1993 e 2013, sem nunca ter sido plenamente concluído. Encontra-se fechado desde
então.
Casa da Câmara e Cadeia (Atual Câmara Municipal de Vereadores
Tombada pelo
INEPAC em 1979, a Casa de Câmara e Cadeia foi construída na terceira década do
século XIX, para abrigar o governo da recém-emancipada Vila de São João Batista
de Itaboraí. É projeto do engenheiro Júlio Frederico Koëler, autor de diversos
edifícios na capital e no interior da antiga província do Rio de Janeiro. De
arquitetura compacta com linguagem neoclássica, tanto a fachada como a
distribuição interna dos compartimentos valorizam a simetria e a simplicidade.
A escada interna disposta no eixo da composição proporciona uma circulação
central nos dois pavimentos. Entre 1962 e o final da década de 1990 serviu
também como sede da Prefeitura. Foi ocupado pelo Legislativo até 2016, e pelo
Centro de Memória de Itaboraí.
Típica residência apalacetada dos fins do século XVIII e início do XIX, construída provavelmente entre 1803 e 1810, foi, segundo o inventário da FUNDREM, a residência do Visconde de Itaboraí - o primeiro presidente da Província do Rio de Janeiro e ministro por dez vezes - e servia de hospedagem para a Família Real quando em visita a Itaboraí. Tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1964, foi desapropriada e declarada de utilidade pública pela Prefeitura em 1966, passando a ser utilizada como casa de caridade. Dois anos depois, o prédio sofre um incêndio, ficando em estado de ruínas, sendo doado então ao Governo Estadual, que nele realiza obras de reconstrução, adaptando-o internamente ao seu novo uso como Fórum, cuja inauguração se deu em 1974. Posteriormente, com a inauguração do novo Fórum, no bairro Nancylândia, o antigo palacete passou a ser ocupado pela Prefeitura Municipal como sua sede administrativa.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Recentemente reformada, a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim fica no setor mais antigo de Itaboraí. Foi implantada na parte mais alta de um terreno, na esquina da Rua do Bonfim com a Rua João Caetano. De aspecto imponente, muito destacado diante do casario térreo que ficava no entorno, a igreja teve sua origem no século XVIII. Sua fachada tem aspecto típico de igrejas jesuítas, com o frontão triangular. Havia uma capela da Irmandade do Santíssimo, anexa ao local, em 1742. Entre 1790 e 1800, o prédio foi restaurado e ampliado. Sua escada frontal original foi substituída por um acesso lateral e a presença de um muro de arrimo que chega quase até a porta da igreja. Também houve mudanças significativas no casario próximo. Tem a fachada protegida pelo patrimônio histórico municipal.
O prédio da
Loja Maçônica Concórdia Segunda nº 10, na Rua do Bonfim, no Centro Histórico de
Itaboraí, tem fachada típica do período neoclássico, em que se destacam o
frontão triangular de grandes proporções e a simetria entre os elementos. A
fundação da Loja é datada em 26 de maio de 1833, poucos dias após a criação da
Vila de Itaboraí. É a mais antiga agremiação de gênero ainda existente em
Itaboraí. Entre 1844 e 1850 foi construído o prédio para abrigar a agremiação.
Depois de mais de três décadas transferida para Rio Bonito, a loja maçônica
retornou para Itaboraí em 1946, reconstruindo-se a sede no mesmo local e se
aproveitando o pouco que restava do prédio original, na época: a fachada
principal, tombada pelo município a partir de 1998.
Fonte da Carioca
A história da
Fonte da Carioca remonta ao século XVII. A fonte original ficava no alto da
colina, onde posteriormente foi erguida a igreja matriz de São João Batista de
Itaboraí, e era um ponto de parada para os tropeiros que transitavam por esta
estrada no século XVII. No entanto, a Fonte da Carioca, nas condições em que a
conhecemos atualmente, foi construída por ordem da Câmara Municipal da Vila de
São João Batista de Itaboraí, entre 1845 e 1858 e foi durante muitos anos a
principal forma de abastecimento de água potável da região. O local foi
utilizado para apresentações e eventos especialmente nos anos 1980 e 1990,
quando a Fonte da Carioca abrigou atividades culturais e de lazer, com destaque
para a participação de estudantes e o espaço para artistas locais.
POSTADO POR CASA
DE CULTURA HELOÍSA ALBERTO
TORRES
MARCADORES: DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL E
DIFUSÃO CULTURAL
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