SOBRE O PRÉDIO HISTÓRICO

 


 

Erguido na primeira metade do século XIX, o casarão onde está instalada a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres completa 211 anos em 2021. É um belo exemplo de sobrado imperial, que segue padrões estilísticos das colônias ibéricas setecentistas, mantido em grande parte com suas características originais. Foi erguido por iniciativa do negociante português Caetano José de Moraes, na praça principal de Itaboraí, que, à época, chamava-se Largo da Matriz, hoje Praça Marechal Floriano Peixoto.

Foi habitado por famílias que pertenciam à elite mercantil e agrária da antiga Freguesia de São João Batista de Itaboraí - destaque para as famílias Antunes, Rodrigues e Azeredo Coutinho - e a própria localização do prédio dava a medida da posição social de seus moradores. Ocupava lugar de destaque, já que a Praça era o verdadeiro centro da atividade do município - que abrigava, além da Igreja Matriz de São João Batista, a antiga Casa de Câmara e Cadeia (atual Câmara Municipal), o palacete do Visconde de Itaboraí (onde hoje se instala a Prefeitura) e o Teatro Municipal João Caetano.

O casarão está localizado em um terreno de 753 m2, com 9,60 m de frente, 38m de fundo, 35m do lado direito e 48m do lado esquerdo. Nas décadas de 1930 e 1940, foi residência do capitão Pedro Marques Rosa, coletor federal. Na década de 1950, foi alugado para vários empreendimentos, época em que enfrentou grande decadência.

As irmãs Alberto Torres, após várias negociações, adquiriram o imóvel em 19 de agosto de 1963 – talvez não por coincidência, aniversário de Marieta – e, com o apoio do arquiteto Augusto Carlos da Silva Telles, iniciaram a adaptação do prédio ao uso e sua restauração.


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